Se tudo o que se sente e vive fosse susceptível de explicação (através de palavras), eu não seria eu.
Eu sou aquilo que todos conhecem, mas também sou aquilo que não dou a conhecer...

domingo, 26 de setembro de 2010

Hoje

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Hoje, estou feliz.




Muito feliz mesmo... :)


P.S.: Voltei. :)
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Música que associei ao texto:
Feliz (Maria Rita)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

1 Pe 1, 8

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«Sem O terdes visto, Vós O amais;
Sem O ver ainda, Acreditais n'Ele»
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Desejo-te muitas felicidades, amigo Pe. B.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Suposição...

Vamos supor que HOJE terminei a minha licenciatura...
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QUAL A PROBABILIDADE DE EU TER ACABADO DE ENTRAR PARA AQUELE GRUPO CHAMADO "DESEMPREGADOS"??
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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Vamos sonhar (2010)




No calor do passeio, caminham os pés descalços enquanto os dedos entrelaçados fazem adivinhar desejos, planos,... Olhares trocados transmitem acreditar que é possível.
E, para tornar tudo perfeito, rebaixamo-nos, aconchegados na areia, enquanto o sol se vai, para iluminar outros sonhos...


No mar, fica a sombra, esquecida, de um beijo.
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Texto de participação no Desafio de Verão "Vamos sonhar", lançado pela Girl in Motion do Treck Treck..

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Disparou

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Ouviu risos, seguidos de murmúrios... De novo, risos.
Instantaneamente, os seus olhos de cor esmeralda abriram mais. Não só para se habituar à fraca luminosidade daquela parte da casa que era mais velha e escura, mas também para tentar compreender como o riso tivera voltado tão cedo àquele lugar.
Entrara na casa sem se anunciar, sem bater, sem pressionar o botão que acciona a campainha. Entrara, simplesmente. Hábito que, sem saber, mantinha desde a infância, desde que aquela era também a sua casa.
Seguiu o caminho indicado pelos móveis comidos e gastos do corredor. Ao fundo, LUZ.
Ao embrenhar-se na luz que embebia a sala, viu o que nunca esperara ver. Mas, sobretudo, viu o que preferiria não ter visto.
Em silêncio, e sem que a vissem, abriu a mala branca que trazia consigo. Queria encontrar a arma, mas não conseguia.
- Por que raio temos nós de ter malas tão grandes? - pensou, irritada.
O estojo de maquilhagem caiu e elas olharam.
- Fui vista. - constatou.
Mas antes que pudessem gesticular ou verbalizar algo, Daniela DISPAROU.
Sabia que não estava correcto. Que matar não era uma prática que aprovasse. Ou, pelos vistos, que aprovasse em circunstâncias ditas normais.
Mas estava fora de si. E, além disso, gostou.
Gostou, sobretudo, de ver o seu reflexo no olhar frio e sem expressão das duas: da que amava e da que odiava; da que era sua confidente e da que era o motivo das confidências.
Se de uma esperava tudo, da outra esperava nada. E a primeira foi quem a desiludiu, foi quem amarrotou a amizade que as unia. A primeira foi a primeira que ela matou.
Roubou-lhes o olhar e manchou as mãos com o sangue. Agora, velhinha, Daniela já lavou as mãos mais que mil vezes. Ninguém parece reparar na mancha de sangue, ninguém parece vê-la. Mas ela nunca deixou de a ver, nunca a conseguiu atenuar.
E os olhos das duas continuam a espiá-la. E os risos continuam a assombrá-la.
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Texto para a Fábrica de Letras (n.º 2 do Desafio de Julho de 2010).

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Estava vazio...


Miguel acordou. Ergueu a cabeça que repousava nos braços cruzados e caídos sobre a mesa e, num ímpeto, todo o seu corpo tomou a mesma atitude. Vertical, digno, pronto para o combate. Sobre a mesa, apenas um copo que ficara esquecido. Estava vazio...
Não se lembrou imediatamente do que o levara àquilo, mas imagens se tornam nítidas, a cada segundo. A mulher mais nova que o atraira, que o levara para o caminho que desejava afastar, a ilusão que percorrera. Tal como acontecia nos jogos de adolescência, nesta fase também vira piscar o "WRONG WAY" no meio do ecrã da sua vida.
Não foi correcto. Envolveu-se demais. Não demais o suficiente para não conseguir voltar atrás, mas demais.
Deu passos. Numa direcção conhecida mas vaga, cambaleante devido ao líquido que (supunha ele) estivera, horas antes, no copo vazio.
Uma porta entraberta abriu-se com o toque dos seus dedos, fazendo aparecer, do outro lado, a imagem daquela cama onde se deleitou tantos anos com a pessoa amada. A idade fê-los envelhecer um pouco, é certo... Mas, ao vê-la dormir, recordou tudo o que fizeram um pelo outro, tudo o que juraram nos tempos de juventude. Recordou que o olhar doce, cor de mel, que o fez apaixonar-se perdidamente, continua igualzinho. Apenas o salientam, ainda mais, duas ou três rugas de expressão, cavadas na pele pelas brincadeiras dos dias quentes e pelas cumplicidades dos dias mais enregelados.
- Fui um estúpido. - disse ele, baixinho.
Deitou-se na cama, ainda vestido.
E ela, mantendo os olhos fechados, fingindo dormir, deu meia volta na cama e abraçou-o, como se em sonhos o estivesse a fazer.
A discussão do dia anterior tivera ido longe demais. Tudo o que disseram fora longe demais. Mas era necessário.
Ela, agora, sabe que deve perdoar, que deve esquecer. Está cheia de amor para dar.
Mas Miguel estava vazio como o copo que ficara na mesa. Porque fez chorar, pela primeira vez, o seu grande amor.
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Texto para a Fábrica de Letras (n.º 16 do Desafio de Junho de 2010).

terça-feira, 1 de junho de 2010

Porque nenhum homem é uma ilha...




"Quem passa na nossa vida deixa um pouco de si e leva um pouco de nós."
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Eu também te gosto, L....
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Música que associei ao texto:
Amigos Para Siempre (Sarah Brightman & José Carreras)

sábado, 29 de maio de 2010

Dedicatória

Dei mais um passo. Um passo em frente. Um passo que não posso medir e do qual não tenho certezas. Um passo na direcção que só-Deus-sabe.
Dedico-o a todas as pessoas que sempre estiveram do meu lado e também àquelas que, embora desconfiando das minhas capacidades, acabaram por estar, mesmo assim, do meu lado.
Dedico-o, em especial, às amigas de grupo, de muitas horas de trabalho, "de olheiras" vindas sabe-se lá bem de onde, à C., à Joana Patrícia e à S.
Agora, podemos dizer: "Missão cumprida."
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"Crescei, desejo meu, pois que a Ventura
já vos tem nos seus braços levantado;
que a bela causa de que sois gerado
o mais ditoso fim vos assegura.
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Se aspirais por ousado a tanta altura,
não vos espante haver ao Sol chegado;
porque é de águia real vosso cuidado,
que, quanto mais o sofre, mais se apura.
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Ânimo, coração! que o pensamento
te pode inda fazer mais glorioso,
sem que respeite a teu merecimento.
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Que cresças inda mais é já forçoso,
porque, se foi de ousado o teu intento,
agora de atrevido é venturoso."
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LUÍS VAZ DE CAMÕES
in "Camões Sonetos", Publicações Europa-América, Lda.
(Ano 1540-1547)
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Música que associei ao texto:
Friends 'til the end (Millencolin)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

M. & P.

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S.: -Ele diz que não sabe viver sem ela. Mas...
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Eu: -Um dia ele vai lembrar-se de que se esqueceu dela.
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S.: -Ora, lá está. Nem eu diria melhor.

Palavras em forma de mimo e desafio (Número 5)

Como adoro flores, fiquei completamente embevecida com o miminho da Juci Barros do Compromisso Com o Acaso... :)
Muito obrigada, linda.

As regras são:

1. Copiar o selinho;

2. Responder à pergunta: O que é mágico para ti?
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3. Passar o selo a 10 blogues, que são os seguintes:


4. Indicar de onde copiei o selinho;

5. Por fim, ilustrar com uma imagem.
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Mágico, para mim, é o dom da vida. Viver é tão bom... Poder usufruir das paisagens, das pessoas que fazem parte da minha vida,... Quando paro, penso que gostava MESMO de viver para sempre.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Ergue os olhos e vê

Estás desiludido com a vida. Não sabes mais que caminho seguir, que pessoas manter no teu círculo de amigos, que atitudes tomar para mudar tudo.
Já remodelaste o teu grupo. Não foi suficiente.
Já mudaste de número de telemóvel, mantendo na lista apenas 5 números. Mas, pelo que dizes, não é suficiente.
Agora vais mudar de cidade, de país, de hábitos. E tudo fica para trás. Achas que isso será suficiente?
Não, não achas. "Se pudesse deixava também cá a cabeça" - dizes-me.
Ou seja, no fundo, reconheces que os demónios estão na tua cabeça.
Tenho medo que entendas de forma errada, que vejas em ti próprio o erro, que te canses de ti próprio.
Todos os teus amigos te adoram, tens tudo para triunfar. Ergue os olhos e vê o que significas para as pessoas. Vê como, afinal, o mundo tem tanto de bom para te dar.
Porque de nada serve mudar tudo, se tu continuas assim. Deixa que os outros te ajudem.
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Deixa os demónios para trás, amigo, e abraça apenas a amizade.
Tudo ficará melhor.
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Música que associei ao texto:
Fading Yourself (Negative)