Se tudo o que se sente e vive fosse susceptível de explicação (através de palavras), eu não seria eu.
Eu sou aquilo que todos conhecem, mas também sou aquilo que não dou a conhecer...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Palavras em forma de mimo e desafio (Número 4)

Pronto. Estou oficialmente sem jeito...
A Juci Barros do Compromisso Com o Acaso (http://compromissocomoacaso.blogspot.com/) atribuiu-me o Prémio Dardos! Muito obrigada, linda. :) Estou muito honrada.



Prémio Dardos: Com o Prémio Dardos reconhece-se os valores que cada blogueiro mostra, cada dia, no seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc., que, em suma, demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas letras, entre as suas palavras. E tem três regras.
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As regras são:
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1. Exibir a imagem do selo no blogue;
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2. Exibir o link do blogue de que recebi a indicação;
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3. Escolher 10, 15 ou 30 blogues para dar indicação e avisá-los.
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Os blogues que indico são os seguintes:
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Palavras em forma de mimo e desafio (Número 3)

A Vela do as velas ardem sempre até ao fim deu-me a oportunidade de ganhar um novo miminho, pelo simples facto de ler o que ela escreve. :)
Desde já, agradeço e espero que também aprecies o que escrevo.
Com este mimo vem a mensagem de que jamais devo desistir!



As regras são:
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1. Dizer dois defeitos que eu tenha;
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O primeiro: sou muito insegura e isso acaba por reflectir-se no meu dia-a-dia. Se calhar, se não fosse este defeito, tinha mais sucesso porque arriscava mais.
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O segundo: às vezes, tenho vergonha de afirmar o que penso. Isso é horrível porque acaba por ser o mesmo que dizer que sou cobarde. :( Mas, é só às vezes, 'tá?
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2. Dizer duas qualidades que eu tenha;
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A primeira: sou muito amiga, tal como referi no miminho recebido anteriormente a este. Quem tem a minha amizade, está como quer. :)
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A segunda: sou muito alegre. Adoro isso porque enche-me o dia de luz. E espero que assim a minha presença possa também fazer as outras pessoas felizes.
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3. Dizer uma música que seja (ou esteja a ser) a banda sonora da minha vida;
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E a música é: "What's Left Of Me" do Nick Lachey. Porque é a música que tocava sempre no rádio quando conheci o S. e agora faz mais sentido que nunca. Quero que, tal como ele, todas pessoas de quem eu gosto levem consigo o que resta de mim.
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4. Dizer uma frase ou pensamento que uso como lema;
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"Raposa: - Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a tornou tão importante." (Antoine de St. Exupery, in O Principezinho)
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Porque ao dedicarmos tempo às pessoas que nos rodeiam, estamos a torná-las importantes para a nossa vida.
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5. Por fim, passar o selo a 6 blogues amigos, que são os seguintes:
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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Porque vais por esse caminho, amigo?

Porque vais por esse caminho, amigo?
Conheço-te desde criança e dói-me esse caminho, amigo, como se do meu caminho se tratasse deveras.
Deambulas pela vida, como quem quer cair mas não encontra onde. Nenhum local é perfeito. A angústia aumenta num turbilhão, bem dentro do teu peito. Tu não dizes uma palavra. Mas o teu olhar transparece-o e eu vejo-o.
És diferente. Sempre foste. Mas a diferença não deve ser sempre para afirmar o nosso lado bom? Antigamente era. Porquê ser fraco? Porquê cair no erro? Afinal, que tens tu? Vejo, ali, a seringa, caída. Drogas. Tento escondê-la, não vá alguém vê-la e julgar-te. Não quero expor-te desta maneira.
Mas choro. Choro porque não queria isto. És meu amigo. Porque não consegui ter influência suficiente em ti, para que não fosses por esse lado?! Tu escolheste. Mas eu não escolhi ter-te como amigo. Agora choro. Dói-me.


Por favor. Que ao menos esta imagem se possa apagar da minha cabeça. Que eu não sinta isto. Que eu não tenha de passar por isto.
E o meu irmão, que sempre te admirou. Como irá ele reagir? Como poderá ele viver sem que isto o influencie? Tenho medo. Muito medo.
Acordo. Tudo não passou de um sonho. Mas sinto-o como se de algo real se tratasse.
A A. disse-me que te viu naquele local propício. Com aquelas pessoas. Com aquele olhar perdido. Sintomas da droga. Não quis acreditar. Sete meses passaram desde essa conversa. E continuei sem acreditar. Mas afinal, parece que alguma parte de mim acreditou. Porquê? Não quero. Quero ver-te bem, amigo.


Por favor, diz-me que eu inventei isto na minha cabeça.
Música que associei ao texto:
Breakthrough (MindFlow)

Sinto paz

Sinto paz em mim.
Hoje acordei assim. Cheia de paz. Como se todos os males tivessem desaparecido com os sonhos que levemente me acompanharam durante a noite.
Tenho vontade de sorrir. De dizer ao mundo: Amo-vos. Porque o sol é lindo e maravilhoso, tocando o meu rosto do seu jeito quente, carinhoso e aconchegante. Porque a vida é assim. Uma dádiva que quero agradecer, que quero reconhecer ser minha e de mais ninguém. Mas que quero partilhar com todos.
- Bom dia! - diz-me o sol.
E lá vou eu. Depois de vestir aquela roupa simples que encontrei dentro do armário e me pareceu conveniente para hoje, saí de casa, a caminho da escola.
Hoje mudei os meus hábitos. Não fui pelos mesmos caminhos, mas passei sempre ao lado deles para poder dizer "bom dia" às pessoas que estão habituadas a ver-me passar.
Mas mudei a rotina. A rotina sufoca-me. Hoje sinto que a rotina é uma forma de não me chatear, uma forma de não questionar o meu caminho. Repetindo o mesmo caminho, os mesmos gestos, as mesmas palavras, consigo fazê-lo automaticamente, sem ter de pensar.
Mas hoje eu não quero issso. Hoje eu quero mudar. Quero que os meus gestos e palavras sejam sinceros. Não quero que sejam automatismos privados de sentimento.
Porque eu estou viva. Porque eu quero e preciso amar tudo o que me rodeia.
Senão a vida passará por mim a mil à hora e não terei vivido nada verdadeiro.
Não quero mais rotinas, costumes, hábitos, repetições.
Preciso que cada momento seja único, na minha vida e nas participações que faço na vida das outras pessoas.

terça-feira, 27 de abril de 2010

O meu Mapa Astral

Ganhei a oportunidade de me fazerem o meu Mapa Astral, à borla!
Nunca fui muito de acreditar nestas coisas. Digo "nunca fui MUITO" porque embora não acredite, por simples curiosidade, leio o meu horóscopo quando me aparece à frente. A verdade é que me faz sorrir bastante porque quase sempre está errado. Por isso, é giro.
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Agora, tenho o meu Mapa Astral.
Não sei se é algo que se deva partilhar ou se, pelo contrário, o deveria fechar a sete chaves. Mas, como isso não me interessa, resolvi partilhar a interpretação do meu Mapa Astral. Repito que estas coisas só merecem alguma atenção da minha parte por curiosidade.
Resolvi partilhar principalmente porque, ao contrário do que acontece com o horóscopo, quase tudo o que a interpretação do meu Mapa Astral diz está certo. Pelo menos aos meus olhos. :)
Será que sou uma pessoa muito diferente das outras?
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MAPA ASTRAL
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Capítulo 1 - Descrição Geral
Tu és pacífica, constante, intuitiva, inventiva, original e altruísta. Novidades, atitudes vanguardistas e as pessoas que te compreendem são mais importantes para ti do que os pais, cônjuge ou filhos. Via de regra, tendes a adoptar ideias avançadas.
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Capítulo 2 - Temperamento e emotividade
Por temperamento, tu és tímida, reservada, modesta, mas prática e exigente. Dás muito valor à higiene e limpeza pessoal e doméstica. Costumas estar muito satisfeita contigo mesma e levar uma vida dedicada ao trabalho e às pessoas ao teu redor.
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Capítulo 3 - Mente e comunicação
A tua mente está aberta a novas ideias e conceitos, sem preconceitos. Sempre que estiveres bem disposta, és capaz de perceber a verdade ou os factos, intuitiva ou telepaticamente. Possuis habilidade mecânica ou científica e gostas de trabalhar em equipa.
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Capítulo 4 - Sensibilidade e afectos
A tua sensibilidade romântica e idealista só admite o casamento por amor. Como tu hesitas em mostrar os teus sentimentos com medo de ser rejeitada, tendes a perder algumas oportunidades. Quando não sentes o afecto dos outros, ficas logo desapontada.
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Capítulo 5 - Actividade e conquista
Tu estás em constante movimento e gostas muito de actividades variadas. As tuas metas são bastante elevadas, mas, como gostas de arriscar-te, estás sujeita a ter êxitos e fracassos na tua vida. Também gostas das aventuras e dos desportos.
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Capítulo 6 - Sentimento e êxito
Tu és dinâmica e confiante em ti e muitas vezes as tuas iniciativas trazem bons resultados. Também és capaz de começar novas actividades e conseguir a participação de outras pessoas. Possuis capacidade executiva e de liderança.
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Capítulo 7 - Esforços e limitações
A tua visão profunda, objectiva e prática de Filosofia, Política, Religião e Educação, a respeito das quais és bastante crítica e até céptica, permite-te tornares-te uma autoridade nesses assuntos. Porém, tu tendes a adoptar atitudes dogmáticas.
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Capítulo 8 - Originalidade e independência
A liberdade de expressão, em qualquer campo, é extremamente importante. Adoptas prontamente os novos conceitos religiosos e tendes fortemente para a parapsicologia e metafísica. És compassiva, optimista e liberal, tens senso de humor e gostas de viajar.
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Capítulo 9 - Imaginação e psiquismo
Apesar de te interessares pela meditação e ensinamentos antigos, tendes a evitar o misticismo metafísico e as manifestações psíquicas. Tu estás mais voltada para aplicar as descobertas, invenções e a tua natureza espiritual para melhorar a vida diária.
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Capítulo 10 - Transformação e destino
A tua intensidade emocional, sensibilidade em relação ao meio-ambiente e curiosidade por tudo o que ainda não foi revelado, impulsionam-te a penetrar, profunda e, às vezes, implacavelmente, nos mistérios da vida.
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Os pontos mais relevantes do teu Mapa Astral:
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- Tu és uma pessoa responsável, persistente, conservadora e demasiado séria. Os numerosos obstáculos que tu encontras na tua vida romântica e profissional podem ser vencidos mais facilmente se adoptares uma atitude mais alegre e optimista. Rir mais pode tornar a tua vida mais "cheia de êxitos".
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- Tu és original, espontânea, independente e amas a tua liberdade acima de tudo. Porém, a tua impaciência e atitudes excêntricas, impensadas e indisciplinadas, podem, por muitas vezes, levar-te a perder o que construiste ao longo do tempo.
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- A tua extrema ambição por poder e domínio impele-te a conseguir uma posição importante na vida. Porém, com a atitude de querer vencer a qualquer preço pode conseguir numerosos inimigos pela vida fora. Seria também muito salutar diminuir um pouco a agressividade com as pessoas do sexo oposto.
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- A tua boa imaginação e intuição inclinam-te para a poesia, artes, música e religião. Tu tens afinidade com a maioria das pessoas e consegues identificar-te com os mais variados tipos étnicos. Tu percebes rapidamente o que os outros querem e sentem.
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- A tua capacidade de expressar a tua criatividade original e intuitiva de modo concreto, prático e útil, através da Matemática, Ciências e conhecimentos ocultistas, faz com que tenhas muito a oferecer. Contudo, tu és muito voluntariosa e "auto-confiante", com tendência a ouvir menos do que seria necessário.
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- Tu és extremamente ambiciosa e tendes a forçar a realização das tuas metas e esperanças. Contudo, a constante mudança nas condições sociais costuma dificultar o teu progresso. Também tendes a ser prejudicada pelas inveja e intriga alheias.
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Enfim. Em algumas coisas, isto até parece entrar em contra-senso. Mas a vida é cheia de contra-sensos...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Crenças de criança (bem-me-quer ou mal-me-quer)

Quando consigo parar de rodopiar na minha própria vida (a minha repetida, monótona e ociosa vida), surgem pensamentos bonitos.
Hoje, ao caminhar na rua que me viu crescer, vi bem-me-queres (ou malmequeres). Provavelmente, já lá estariam há duas ou três semanas (ou mais)... Mas, se fosse esse o caso, é sinal de que olhei em vez de ver - o que me tira a possibilidade de ter consciência de muitas coisas que me rodeiam.
Primeiro, reafirmei que, de facto, chegou a Primavera. Mas, em seguida, surge uma lembrança.
Tal como eu, muitas outras crianças tinham o hábito de colher bem-me-queres e confirmar o amor (ou falta dele) daquela pessoa especial.... :)

E lá vinha a brincadeira habitual:
- Bem-me-quer, mal-me-quer, bem-me-quer, mal-me-quer,...
Uma a uma, as pétalas eram retiradas da flor, enquanto repetia, alternadamente, as duas palavras que ditariam a sorte ou o azar do meu coraçãozinho.
E, finalmente, a última pétala revelava o final do jogo.

Resultado:
- Se a última pétala fosse "bem-me-quer", ia contente para a escola ou para casa, consoante a hora do dia;
- Se a última pétala fosse "mal-me-quer", limpava esse resultado da minha cabeça e tentava com outra flor... :) Afinal, ninguém ia saber daquilo... E assim poderia ficar contente e continuar a ter esperança naquele amor de criança.
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Hoje, sorrio ao recordar a ingenuidade que me caracterizava. Era um tempo bonito, mais natural.
Hoje, sei que as flores não ditam o meu destino. Sei que a vida é um mistério muito mais complexo e imprevisível.
Hoje, eu sei que bem-me-queres, S. :) Sei que seguimos o mesmo caminho e lutamos em vista dos mesmos objectivos.
Mas não resisti. Peguei numa flor linda e singela que encontrei. E, enfim, pude recordar como era boa aquela esperançazinha de criança, ao roubar, com as minhas pequeninas mãos, as pétalas da flor, esperando o desejado desfecho "bem-me-quer".
E, sim, o resultado foi "bem-me-quer". Se fosse "mal-me-quer", sinceramente, não fazia diferença... Não preciso de uma flor que mo confirme.

Mas foi tão boa a sensação...



Como é bom ser-se criança.
Música que associei ao texto:
Sanctus (Aesma Daeva)